Por que ser feliz é tão importante para a sua carreira profissional?

Hoje comemoramos o Dia Internacional da Felicidade. Mundialmente conhecida, esta data tem o objetivo de divulgar e promover a felicidade entre todas as nações. E quem é que não quer ser feliz? Na web, esse tema é amplamente debatido, e por vezes até meio polêmico, pois na prática a felicidade é bem relativa.

Quando levamos esse debate para a esfera profissional a polêmica é ainda maior, pois o assunto acaba se misturando com responsabilidades, vida financeira e outras tantas questões. Tem gente que acredita que trabalho é só para “pagar as contas”, outros adotam ele como parte essencial da rotina e da vida.

Mas o ponto principal é que: ser feliz no trabalho é importantíssimo para a sua carreira profissional!

Muitos pesquisadores já realizaram diversos estudos sobre esse tema. A psicóloga e professora da Singapore Management University, Christie Scollon, descreve a felicidade como um “bem-estar subjetivo” e afirma que pessoas felizes ganham mais dinheiro, são mais saudáveis e muito mais criativas na resolução de problemas.

Já o pesquisador Andrew Oswald, afirmou em um comunicado à imprensa que “(…) empresas como o Google investiram mais para zelar pelo bem-estar de seus funcionários e, como resultado, a satisfação deles aumentou. No Google, a satisfação dos funcionários aumentou 37%. E eles sabem do que estão falando. Em condições cientificamente controladas, deixar os empregados mais felizes realmente compensa. ”

Diante desse cenário, conseguimos entender a importância de tirar a felicidade do campo abstrato e trazê-la para prática do dia a dia, inserida na rotina das empresas e dos profissionais.

Trabalho X Felicidade

A combinação entre trabalho e felicidade é mais que possível, é necessária. Se você parar para pensar, passamos mais tempo do nosso dia no trabalho do que em casa ou com os amigos. Se esse ambiente não for um local positivo, onde você se sinta bem e faça as coisas com prazer e dedicação, a vida tende a ficar muito mais difícil, cansativa e chata. Além disso, a insatisfação tende a prejudicar o seu bem-estar pessoal, interferindo em questões externas ao trabalho como relacionamento e vida familiar.

Mas esta fórmula mágica não é impossível. Antes de mais nada é preciso que os seus objetivos pessoais estejam diretamente alinhados com as suas escolhas profissionais. Claro que é muito difícil achar um trabalho onde você faça 100% das coisas que gosta, mas a expectativa precisa estar bem alinhada com a procura. Se isso ainda não aconteceu, é preciso rever as suas escolhas.

O processo de mudança sempre estará presente em nossas vidas, atingindo desde pequenas situações do dia a dia até processos de transformação profundos. De acordo com a pesquisadora da Universidade da Califórnia, Riverside, Sonja Lyubomirsky, 40% de nossa capacidade de ser feliz está ligada ao poder de mudança. E essa mudança depende exclusivamente de você!

A autoliderança é um tema que vem sendo amplamente discutido. Hoje, um dos pontos tão importante quanto a formação técnica e a experiência profissional, é a inteligência emocional. Saber dialogar, manter relacionamentos respeitosos, expor suas opiniões de forma positiva e trabalhar em equipe são fatores essenciais para se manter no mercado e buscar avanços para a sua carreira.

Você é o principal responsável pela sua evolução, então não deixe de planejar sua jornada para que você consiga conquistar um aperfeiçoamento e crescer sempre.

Para as empresas

A visão do mercado vem mudando gradativamente com relação ao tema FELICIDADE. Hoje, uma das maiores responsáveis por doenças ocupacionais é a insatisfação, e o mercado já percebeu o ônus que um funcionário infeliz causa para a empresa. Uma pesquisa realizada pela Right Managent (consultoria norte-americana de Recursos Humanos) comprovou que o nível de produtividade dos funcionários pode aumentar em até 50% em organizações que investem no bem-estar e no estímulo positivo de seus colaboradores. Já um estudo realizado pelo Center for Positive Organizational Scholarship, da Universidade da Califórnia, descobriu que um trabalhador feliz é, em média, 31% mais produtivo, três vezes mais criativo e suas vendas são 37% mais elevadas, em comparação com outros.

As organizações estão cada vez mais abertas para ouvir os profissionais e investem em programas de qualidade de vida como treinamentos, estratégias de valorização, benefícios, premiações, etc. Outros fatores que fazem a diferença no ambiente corporativo é a aproximação entre liderança e colaboradores e o reconhecimento do desempenho dos profissionais. A comunicação interna ajuda muito nessa tarefa, promovendo a melhoria da comunicação na empresa, aumentando o engajamento dos profissionais e diminuindo distâncias entre as equipes e seus gestores.

Mas a verdade, é que este é um trabalho em conjunto, onde empresa e profissional precisam se esforçar mutuamente para construir uma relação positiva e próspera. Colocando essa ideia em prática, todo mundo sai ganhando. O funcionário fica mais feliz e passa a encarar o trabalho de uma forma mais leve e prazerosa, a empresa conta com um colaborador mais satisfeito e produtivo e o cliente, por sua vez, ganha com um atendimento melhor e fica mais satisfeito com o serviço que está contratando.

Giovanna Sapienza

Comunicadora, jornalista e redatora da Agência Pavé. Amante de arte, livros e tecnologia. Trocar experiências, agregar pontos de vista e contar histórias é o seu forte.

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